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65 itens encontrados para ""

  • Como investidores anjo avaliam oportunidades?

    Para entender como funciona o processo de avaliação de oportunidades por parte de investidores anjo, recomendo a leitura do artigo David Harkins, especialista americano em empreendedorismo e inovação: https://www.mrharkins.com/angels-evaluate-entrepreneurial-investment/. No texto, Mr Harkins faz uma análise tão interessante quanto prática da forma como os investidores anjo avaliam as startups nas quais aplicam seus recursos. Mesmo destacando que cada investidor tem seus próprios critérios e métodos de avaliação, existem cinco pontos que normalmente são considerados por ele diante de uma oportunidade de investimento: 1. Origem da oportunidade Os investidores anjo confiam na sua rede de relacionamento e costumam usá-la como fonte primária para a avaliação de qualquer investimento potencial. O investidor normalmente vai avaliar a sua oportunidade se ela fora realmente interessante. O ponto aqui é que se você conseguir chegar às mãos do investidor por meio de uma indicação de alguém em quem ele confie, isso pode ajudar muito e acelerar o processo. 2. Viabilidade do modelo de negócio Depois que a oportunidade tiver passado pela primeira triagem, o investidor analisará mais de perto o modelo de negócios. O plano de negócios normalmente é menos importante que o modelo de negócios - a recomendação do autor é que você seja objetivo na definição do valor que oferece ao cliente e em como a sua oferta será monetizada. 3. Valor que o investidor pode agregar à empresa Com a viabilidade do modelo de negócios confirmada, o investidor deve se perguntar sobre o valor que poderá adicionar à empresa, principalmente quando estamos falando dessa fase de investimento. Além de um investimento financeiro, ele (ou ela) pode decidir com base em quanto a sua experiência pessoal, conhecimento e rede de relacionamentos podem melhorar a oportunidade. Um investidor anjo normalmente adota uma abordagem prática dos investimentos e, em última análise, servirá como mentor para o empreendedor selecionado. 4. Força do empreendedor Considerando que investirá tempo e dinheiro em um novo negócio, o investidor normalmente desejará garantir que ambos sejam bem gastos. Portanto, quando você for convidado a se apresentar a um investidor, tenha certeza que ele estará com um olho no negócio e outro na sua personalidade e comportamento. O investidor vai avaliar se você está preparado, se é confiável, aberto a sugestões e se os seus valores e caráter são sólidos. 5. Oportunidade de saída Finalmente, os investidores anjos vão querer saber sobre o plano de saída do empreendimento. Em outras palavras, como obterão lucro com seus investimentos de tempo e dinheiro. Pesquisas indicam que o investidor anjo trabalha com 27% de Taxa Interna de Retorno (TIR) ou 2,6 vezes o seu investimento inicial, em cerca de três anos e meio. Ao definir a estratégia de saída, é importante ser transparente com relação a riscos e à real probabilidade de falha. Como o autor do texto original faz questão de frisar, estes pontos não esgotam as possibilidades mas servem como um bom indicativo do que o investidor anjo considera para começar a avaliar oportunidades de investimento.

  • Facebook entra para o Clube do Trilhão

    Com a entrada no Facebook no clube do trilhão, os cinco gigantes da tecnologia (Facebook, Google, Amazon, Microsoft e Apple) passaram a se encontrar em market cap acima dessa marca. Vale a pena tentar entender o que esses números podem nos dizer. Primeiro, vamos dar uma olhada na geração de caixa (FCF) dessas empresas para o período de 12 meses (TTM) terminado em março de 2021. Apple: $90.4bi Microsoft: $53.8bi Google: $50.74bi Facebook: $24.2bi Amazon: $21.8bi Agora vamos dar uma olhada no enterprise value (market cap + dívidas - caixa) para cada uma delas pela cotação atual de cada ação. Apple: $2.2tri Microsoft: $2tri Google: $1.6tri Facebook: $945.2bi Amazon: $1.75tri Dividindo uma coisa pela outra, temo um yield de FCF/EV de: Apple: 4,1% Microsoft: 2,7% Google: 3,2% Facebook: 2,6% Amazon: 1,2% Se essa medida fosse perfeita, poderíamos afirmar que quanto maior o yield acima, mais barata seria a ação. Múltiplo nunca é uma medida perfeita de valor, e a principal falha no caso acima é não levar em conta uma variável fundamental: o ritmo de crescimento do negócio. Já que a expectativa de crescimento é justamente a variável que ficou faltando, a gente pode usar o cálculo acima não para valuation mas sim para tentar inferir a expectativa de crescimento de cada das empresas. Dessa forma, podemos dizer que o Facebook, além de ter atingido a marca de $1 trilhão de doláres, parece ser uma das big tech's com maior expectativa de crescimento (por parte do mercado) para os próximos anos. texto publicado originalmente em: https://www.facebook.com/groups/startupbrasil/posts/5655015281236802/

  • Burnout: quando uma crise pessoal pode derrubar a startup

    Artigo de opinião: Natalie Witte O Burnout do(s) sócio(s) é uma das 20 principais razões de quebra de startups, de acordo com o estudo feito pela CBInsights. Na minha opinião, o que quebra as startups não é, necessariamente, o burnout de um ou de vários sócios. O real motivo é a falta de preparação da empresa para este cenário. É sabido que um dos pontos mais importantes para os investidores na hora de analisar uma startup é o quadro de sócios/fundadores. Pensando numa startup como um carro ou até um avião (ou foguete, dependendo da startup), vejo o fundador como o piloto. Se ele não estiver bem, é muito possível e até provável que cause (ou não consiga evitar) um acidente. Como uma empresa pode se preparar para ocorrências com os sócios? Pessoas estão sujeitas a dores, acidentes, questões físicas e psicológicas. Principalmente quando estão submetidos à pressão de algo que pode vir a ser um marco importante nas suas vidas - tanto positiva quanto negativamente. Para proteger a empresa dos riscos naturalmente associados às vulnerabilidades humanas, minha recomendação é sempre uma: acordos prévios! Os acordos entre sócios, feitos na origem da startup, devem contemplar todos os cenários, principalmente os mais improváveis ou indesejáveis. "E se um de nós não puder ou não quiser seguir adiante com a empresa? E se estiver momentânea ou permanentemente impedido de trabalhar? E se um sucessor quiser assumir o seu lugar?" Não importa o motivo da ausência de um fundador: pode ser uma viagem internacional mais longa, o tratamento de uma doença ou a recuperação de um burnout. Para a empresa, o fato é que vai ser necessário se manter na direção certa, independentemente de quem assumir o seu comando. Como ficam os contratos de vesting? E se algo acontecer a um sócio em pleno período aquisitivo de participação na empresa? Com o passar do tempo, se houver um desalinhamento entre esse período e a contribuição efetiva do sócio para a empresa? Uma solução interessante que eu já vi várias empresas adotarem é o congelamento, ou seja, os direitos que já tinham sido adquiridos são mantidos e, durante o período em que o sócio estiver ausente, seja pelo motivo que for, haverá uma contenção, uma contingência. Eu estou falando de formas de prevenção, pensando na saúde da startup. Ela precisa estar imune ao que pode acontecer com seus sócios. Artigo publicado originalmente em: https://www.linkedin.com/pulse/burnout-quando-uma-crise-pessoal-pode-derrubar-startup-natalie-witte/

  • UNICAMP e Templo.cc criam Centro de Inteligência Artificial Aplicada

    O BI0S - Brazilian Institute of Data Science tem objetivo de difundir a cultura de dados no País Em parceria com a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), o Templo.cc, hub de inovação que desenvolve transformação digital e cultural em grandes companhias, lançará nos próximos meses um Centro de Inteligência Artificial Aplicada. Sob o nome de BI0S - Brazilian Institute of Data Science, tem como principal missão difundir a cultura de dados e promover a transformação digital no cenário brasileiro. No período de cinco anos, o BI0S, que foi um dos seis centros aprovados pela chamada pública da FAPESP, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e Comitê Gestor na Internet no Brasil (CGI.br), receberá um investimento de R$ 10 milhões, sendo metade vindo de repasses públicos e a outra parte por meio de parcerias com a iniciativa privada. Com sede na própria UNICAMP, o BI0S pretende unir os trunfos da universidade, que tem tradição e excelência em pesquisa aplicada, com a expertise do Templo.cc, referência em inovação de mercado. “Com esse trabalho em conjunto, que engloba uma gama de empreendedores e cientistas de dados a nível mundial, queremos montar um Centro totalmente focado em inteligência artificial, nos propondo a resolver desafios reais de mercado e desenvolver um verdadeiro ecossistema integrado de inovação”, explica Herman Bessler, CEO do Templo.cc. A iniciativa conta com mais de 120 pesquisadores da UNICAMP e de diversas instituições parceiras, como FIOCRUZ-RJ, ITA, UFABC, UFAM, USP - Ribeirão Preto, FITec, CPQD. Também conta com a parceria de empresas, como Hospital Israelita Albert Einstein, Motorola, Binder, Vera Cruz, IBM e Polo Digital. “Precisamos assumir o protagonismo na transformação digital no Brasil, conjugando excelência científica com a ética nas aplicações da Inteligência Artificial. Precisamos falar a língua do setor produtivo e também ouvir as diversas demandas sociais por soluções, gerar inovação e transferir tecnologia a partir dos valores da universidade pública”, complementa o Professor Henrique Sá Earp, gestor executivo do BI0S. De acordo com o Professor João Marcos Romano, diretor do BI0S, o projeto conta com diferentes trilhas de pesquisa. "Atuamos tanto na trilha da saúde, e por isso há uma parceria forte com a Faculdade de Ciências Médicas, quanto na trilha do agronegócio, envolvendo os colegas da Feagri e do Cepagri. Isso além de uma terceira trilha, que serve de base para as outras, dedicada à metodologia, ao estudo dos algoritmos, das técnicas e das bases teóricas da aprendizagem de máquina e da inteligência artificial", complementa o pesquisador responsável pelo Centro. Sobre o BI0S - https://www.bi0s.com.br/ Sediado na UNICAMP e conectado a uma rede global de empreendedores e cientistas, o BI0S busca expandir a fronteira aplicada da IA, difundir a cultura de dados nas organizações brasileiras e fomentar iniciativas, produtos e soluções inovadoras, com foco nas áreas prioritárias da Saúde, Agricultura e suas interrelações. O Centro reúne uma equipe transdisciplinar de pesquisadores, associados a instituições de referência. A partir de verticais estruturadas de Transferência de Tecnologia, Educação e Difusão, e Negócios, é oferecida uma abordagem de inovação em ciclo completo, do desenvolvimento à implementação de soluções baseadas em Inteligência Artificial para problemas complexos, com grande potencial de impacto na qualidade de vida da população brasileira. Sobre Templo.cc Estruturado em 2012 como o primeiro coworking criativo do país, e em 2016 como uma consultoria de transformação para grandes corporações, como Arezzo&Co, Banco Modal, e BrMalls, o Templo.cc atuou desde seus primeiros dias no acolhimento e apoio ao crescimento de quase duas mil startups, tendo sido responsável por projetos como a Escola do Templo, a Malha.cc, o Journey, o Estaleiro Liberdade Rio e a gestão do Rio Criativo, que formou mais de 10.000 empreendedores em 13 cidades. Oferece uma rede de inovação, ecossistemas e laboratório criativos e busca construir uma transformação digital e cultural eficaz, ágil e com propósito. Desenvolve e dissemina ferramentas e conhecimento aberto para que pessoas e organizações se conectem, inovem, aprendam e construam o futuro no presente. Mobiliza e articula ecossistemas criativos. Colabora para cocriar uma nova economia dirigida por valores e guiada por propósito. Cria startups, estratégias e projetos. Experimenta novas formas de trabalhar, educar, produzir e consumir. BI0S na Mídia Unicamp e Templo lançam centro de inteligência artificial aplicada Unicamp sediará centro de inteligência artificial aplicada em parceria com hub de inovação Unicamp e Templo.cc criam Centro de Inteligência Artificial Aplicada UNICAMP e Templo.cc criam Centro de Inteligência Artificial Aplicada Unicamp e Templo.cc criam centro de inteligência artificial

  • Privacidade na Internet: a quem interessa?

    Opinião: Rodrigo Fernandes Existem duas formas de se criar um negócio de ads na Internet: pela coleção de dados de obtidos de terceiros ou com uma plataforma com tanta escala que não seja necessário buscar dados fora dela. Na definição da nova versão do 'Apple Advertising & Privacy', a primeira opção não é legítima, mas a segunda sim. Como diria o velho Cícero, 'cui bono (a quem interessa)'? A plataforma de publicidade da Apple não rastreia você, o que significa que ela não (...) [usa] dados coletados de terceiros para fins de publicidade direcionada ou medição de publicidade, e não compartilha dados de usuários ou dispositivos com corretores de dados. Mais para frente, a Apple traz uma lista enorme de informações que eles capturam a respeito dos usuários. O trecho vai ser grande, mas acho que necessário. As informações contextuais podem ser usadas para veicular anúncios para você, como: • Informações do dispositivo: as configurações de idioma do teclado, tipo de dispositivo, versão do sistema operacional, operadora de celular e tipo de conexão. • Localização do dispositivo: se os Serviços de localização estiverem ativados e você tiver concedido permissão para a App Store ou aplicativos Apple News para acessar sua localização, sua localização pode ser usada para veicular anúncios geograficamente relevantes. A localização exata do seu dispositivo não é armazenada pela plataforma de publicidade da Apple e os perfis não são construídos a partir dessas informações. Para acessar essas configurações, vá para Configurações> Privacidade> Serviços de localização. • Pesquisas na App Store: Quando você pesquisa na App Store, sua consulta pode ser usada para exibir um anúncio relevante. • Apple News and Stocks: o tipo de história que você lê pode ser usado para selecionar os anúncios apropriados. Com essas informações coletadas, eles criam segmentos de usuários com características comuns, que provavelmente devem ficar armazenados nos seus próprios servidores. Criamos segmentos, que são grupos de pessoas que compartilham características semelhantes, e usamos esses grupos para entregar anúncios direcionados. As informações sobre você podem ser usadas para determinar a quais segmentos você está atribuído e, portanto, quais anúncios você recebe. Ou seja, eles coletam informações detalhadas ao seu respeito, registram seu comportamento na App Store e até as ações que você acompanha. No entanto, eles respeitam muito a sua privacidade, afinal eles não coletam informações de terceiros. Olha que maravilha! Repare bem. Eles não registram o que você faz apenas no device ou nos aplicativos da própria Apple -- eles te perseguem até mesmo nas IAP (in app purchase) que você faz em aplicações de terceiros. Para eles, isso é dado da Apple. A bem da verdade, esse tipo de tracking agora pode ser desabilitado no iPhone. Mas por default a permissão é dada, enquanto que para terceiros é necessário dar uma permissão explícita. Todos conhecemos a força dos padrões dentro da configuração de um sistema. Aos amigos, tudo. Aos inimigos, privacidade. A quem interessa?

  • UMA SOLUÇÃO DE INTELIGÊNCIA

    Thiago Bonfim é um empreendedor de muitas viagens. Formado em comunicação social, ele saiu do mercado publicitário para criar empresas. Com uma espécie de programa de tv, uma rede social ligada ao futebol lançada no Museu do Futebol em São Paulo, e duas fintechs na conta, decidiu lançar um aplicativo de saúde depois que foi mordido por sua gata e entrou em desespero com tanta gente a sua volta dando opiniões sobre os remédios que deveria tomar ou os curativos que deveria fazer. O próprio Google indicou que a mordida da gatinha poderia levar à morte em apenas dois dias. Em um mix de ansiedade e nervosismo, marcou uma consulta com um médico que, a partir de 3 perguntas, concluiu que o empreendedor iria sobreviver, e que não deveria fazer absolutamente nada sobre o ocorrido. Essa história, que hoje rende algumas risadas, foi o grande estalo para o surgimento da Caren app. Por que ter que esperar dias por uma consulta que poderia ser resolvida através de um chat e no máximo algumas fotografias tiradas pelo celular? No fim de 2019, a Caren teve sua primeira rodada de investimento e criou parcerias importantes. Conversamos com o Thiago para saber mais sobre a evolução dessa história e as perspectivas para o segmento de healthtech e seguros. ​ O que é a caren app ? Hoje, digo que somos um app de inteligência artificial especializado na coleta e no tratamento de dados para a saúde e seguros. A Caren app não é uma coisa só, nós trabalhamos muito bem entendendo as dores dos nossos clientes. Fundei a Caren em 2018 com o propósito de ser uma solução de telemedicina, só que muito cedo entendi que não ia ser um processo fácil. No primeiro mês que mudei a minha classificação para CEO da Caren app, um representante do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro ligou para avisar que não poderíamos fazer o que estávamos fazendo, porque a telemedicina não era regulamentada. Como nós queríamos que a Caren fosse vista como uma extensão do conhecimento dos médicos, demos um passo para trás e focamos em 2 momentos da Telemedicina, o pré-atendimento, através de uma solução de triagem online e o pós-atendimento, fazendo o monitoramento de pacientes crônicos. Nossos produtos são utilizados para triagem hospitalar, monitoramento de pacientes e prontuário eletrônico. No início de 2020, tivemos um ponto de virada que foi o lançamento do sistema de autoavaliação para diagnósticos de Covid-19, que atendeu mais de 2 milhões de pessoas nas primeiras 48 horas. Mas, durante o decorrer da nossa trajetória, fomos atraídos pelo mercado de seguros de vida. Hoje, nós atuamos em ambos os setores. Oferecemos modelos preditivos, coletamos dados, geramos alertas de comportamento fora do padrão, fazemos DPS online, sugestões de aceite e declínio de apólices, reconhecimento facial, reconhecimento de emoções, entre outras coisas. No caso dos seguros de vida, normalmente é um processo muito demorado para as seguradoras. Com o nosso sistema, conseguimos dar uma visão muito mais clara para o subscritor, gerando protocolos inteligentes de declaração pessoal de saúde, e oferecendo a possibilidade de criar perguntas adicionais de forma automática. Nosso sistema já diz qual é o perfil de risco do cliente em potencial e se a empresa deve ou não aceitar essa contratação. Qual foi o papel da Caren app para minimizar os riscos da covid-19? Acho que tivemos um papel muito significativo, principalmente na chegada da pandemia no Brasil. Lançamos a solução na quarta-feira da primeira semana de isolamento. Todo mundo estava com medo e não sabia o que fazer. As pessoas tinham uma série de preocupações, se sentiam inseguras de sair de casa ou encontrar familiares. Lembro que lançamos a solução às duas da tarde, e, quando deu meia noite, tínhamos atendido mais de 300 mil pessoas. Na sexta-feira, 48h após o lançamento, nós já tínhamos atendido mais de 2 milhões de pessoas em mais de 10 países. Eu, que achava que só a minha família e meus amigos iam usar, vi a Caren viralizar pelo whatsapp, amigos recebendo o link por outras pessoas, e podíamos ver tudo isso em realtime pelo Google Analytics. Acredito que naquele momento de fragilidade fomos muito importantes, porque fomos a primeira solução a ser lançada. Vale ressaltar que pegamos um protocolo do Ministério da Saúde e optamos por seguir o que o Governo Federal tinha exposto. Oferecemos nosso serviço em uma plataforma muito simples e fomos selecionados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Para quem é a Caren? Lá em 2018, nós acreditávamos que os nossos principais clientes eram clínicas e hospitais, hoje entendemos que os nossos clientes são planos de saúde e corretoras de seguro de vida. Gostaria muito de acreditar que os hospitais estão abertos para trabalhar com a gente, mas ainda acho muito difícil. Às vezes, dentro de redes hospitalares, uma só pessoa vê o valor e ela precisa convencer toda a diretoria, então fica mais complicado. Os players dos mercados de plano de saúde e seguro de vida entenderam claramente o valor da nossa solução, seja botando uma lupa sobre pacientes e beneficiários, seja para agilizar os processos internos. Quem são seus clientes hoje ? Por sermos uma empresa do mercado b2b, não temos clientes pequenos. Nosso primeiro cliente foi o IRB Brasil RE, que é a maior resseguradora do Brasil. Hoje atendemos o IRB Brasil RE, FAPE, Icatu Seguros, fazemos todo monitoramento de covid-19 do Município de Resende, temos uma parceria com a Unicamp e OMS (Organização Mundial da Saúde) para fazer monitoramento de gestantes, além de atender o Hospital de Clínicas da Unicamp. ​ Vocês estão praticando a inovação aberta? O conceito de inovação aberta não se aplica no nosso caso. Nós somos fornecedores, é um pouco diferente, nós trazemos inovação para empresas. Entendemos as particularidades de cada negócio e agimos estrategicamente no problema, oferecemos inteligência artificial e automação de processos, e isso já tem um impacto muito grande. Nós temos produtos muito claros, mas, por outro lado, é comum que um player grande traga um conhecimento novo do setor ou da empresa. E é claro que por ainda sermos uma empresa pequena, estamos sempre abertos a adaptação. ​ ​ Qual foi a importância de ter se juntado ao Templo para o desenvolvimento da Caren? Esse é um processo bem legal de contar. Durante a pandemia, começamos a ser procurados por muitas empresas e investidores, e, durante as minhas conversas com o Herman e com o Gustavo, começamos a pensar nesse processo de captação e o alinhamento com o time do Templo foi definitivo para viver esse momento. Para mim, essa aproximação foi muito importante porque me senti amparado, me trouxeram uma tranquilidade de estar navegando na direção correta. Foi muito legal ter a oportunidade de trabalhar com mentores que já ocupavam posições chave em empresas de tecnologia, como o Xavier Leclerc, CEO da MOX Digital e que foi sales manager do Facebook na França, o Marcelo Câmara, que é Head de AI na Certisign e ex diretor executivo do Bradesco, e o pessoal da Di Blasi Parente. Eu não teria conseguido tocar essa rodada de captação sem um parceiro como o Templo. Do ponto de vista do empreendedor, é muito importante não se sentir sozinho e foi por causa do Templo Ventures que eu consegui definir um caminho mais favorável, tanto na parte comercial, quanto na parte das rodadas de investimentos e captações. ​ Como você vê o mercado de healthtech hoje no brasil? Quais são as suas perspectivas para o futuro da medicina? Acho que é um momento muito promissor para criar soluções de saúde no brasil. Em 2018, quando decidi investir na Caren eu sabia que o timing era muito importante. Foi o meu maior risco como empreendedor, mas hoje sei que foi a decisão correta. Estamos falando de saúde, não tem muita margem pra erro, mas hoje nós já estamos à frente de algumas empresas nas avaliações de aceite e declínio de seguros, e de diagnósticos. Apesar do momento ser muito promissor para essas soluções, vejo que também é um círculo que está se fechando. Grandes players da saúde já estão se voltando para esse mercado e as oportunidades estão reduzindo. Eu brinco com o meu time porque eu falo que o que eu vendo é performance e resultado. A Caren não é um RP, e também não é chatbot. É uma solução de inteligência . ​ Na Caren a gente já entendeu que somos b2b e já entendemos quem são os parceiros pra quem entregamos valor. Queremos seguir essa linha e intensificar nossas relações. Em 2023 provavelmente teremos uma grande autoavaliação como empresa, , mas até lá seguimos focados em crescer na parte comercial e entregar cada vez mais valor para os nossos parceiros.

  • Por um Marketing com jeito de Finanças

    Enquanto a turma do marketing não for capaz de botar na ponta do lápis o valor que eles estão criando, a área vai continuar sendo vista apenas como mais um centro de custo. Não me entendam mal, marketing é -- sem dúvida -- a área com maior potencial de geração de riqueza dentro de qualquer empresa. Mas também é área com maior capacidade para rasgar dinheiro. Aliás, não faz muito tempo que a Procter & Gamble cortou $200 milhões do seu orçamento de digital ads. Resultado? Aumento de 10% no alcance da publicidade (?!). Na realidade, os tradicionais KPI's da turma do marketing podem ter alguma correlação (ou não) com a criação de valor, mas quanto ao cálculo do valor efetivo -- ninguém sabe, ninguém viu. Para quem está no marketing, não adianta ficar com medo de ver sua área ganhando um jeitão de finanças. Se o resultado for positivo, você vai ganhar força (e orçamento) dentro da empresa. Se for negativo ou não for calculado (acho que deve dar na mesma), você vai dar uma força para as médias de rotatividade cada vez mais elevadas dos profissionais de marketing. O mais interessante é que essa modelagem financeira não é nenhum ideal distante. Com base em CAC (volume de clientes e custo total), churn, frequência de compra, valor da compra, margem bruta e custos fixos, este "valor do marketing" pode ser calculado com uma precisão impressionante. Com dados confiáveis, é tudo uma questão de criar modelos para ver como são os padrões de aquisição, retenção, frequência de compra e valor de compra para aquele negócio. Em resumo, é preciso entender os efeitos do marketing sobre o comportamento do consumidor (atração, retenção...) e a relação desta mudança de comportamento com a geração de valor para o negócio. Em áreas mais operacionais ou propriamente financeiras, um cálculo de ROI sempre foi o mínimo que se poderia esperar de qualquer investimento. Demorou, mas os bons tempos do investimento em marketing visto apenas pelo lado da criatividade, com um retorno que não poderia ser calculado em termos financeiros, saiu para comprar cigarro e não vai voltar nunca mais. Este texto foi publicado originalmente em: https://t.me/orodrigofernandes

  • Stock options não é remuneração, é oportunidade!

    Quando começou a onda de startups no Brasil, havia uma busca muito grande por unicórnios. Hoje, os investidores estão muito mais maduros, enxergando oportunidades de probabilidades e tamanhos bem variados (vide artigo sobre estratégias competitivas para startups). ​ Uma onda que nós vimos surgir tão forte quanto a de investidores é a do investimento via stock options. Pois imaginemos: você quer ser sócio de uma startup? Se quiser, um plano de compra de ações ou quotas - stock options - pode ser o caminho. Pode ser a sua chance de virar empresário, sócio, deixar de ser funcionário. Mas, para isso, é preciso ter cabeça de sócio. Saber que, assim como você pode vir a participar dos lucros, o mesmo pode acontecer em relação aos prejuízos. ​ O que eu espero que aconteça é que as próprias equipes das startups também amadureçam e se conscientizem da oportunidade que está por trás de ser convidado a investir em uma empresa com potencial de crescimento e que tem uma característica única: a participação direta delas no dia a dia, justamente na construção deste crescimento. ​ Quando eu vejo um colaborador buscando mais stock options, menos remuneração fixa, me vem à cabeça o modelo de "Smart money", quando o investidor resolve também colaborar diretamente para o crescimento da startup. No caso do que eu chamo de "Smart employee", temos o mesmo resultado, porém com o ponto de partida invertido: aqui, é o colaborador que resolve investir diretamente na sua empresa e não o investidor que toma a decisão de colaborar. ​ Stock Options e o Marco Legal O Marco Legal das Startups foi aprovado no Senado, mas a aguardada regulamentação das stock options ficou de fora. Uma pena, pois perdemos a oportunidade de criar regras mais claras e específicas quanto ao tema. ​ Definitivamente, stock options não são um modelo de remuneração ou bônus como muitos juízes trabalhistas entendem. São - na verdade, devem sempre ser - uma estratégia de incentivo, uma ferramenta de sociedade para o desenvolvimento de negócios e pessoas, de atração e retenção de pessoas estratégicas.

  • Como agir para não deixar a concorrência te ultrapassar

    Costumo desconfiar sempre que ouço do fundador de uma startup que ele não tem concorrentes. Encontrar um Oceano Azul de verdade não é tarefa fácil. Na verdade é quase impossível encontrar um mercado relevante em que não haja um concorrente, substituto ou alternativa à sua solução. A pergunta é: se o cliente (ou usuário) não adotar a nossa solução, como ele resolverá seu problema? Para ilustrar essa questão de substitutos e alternativas, vamos analisar o exemplo da Uber. À primeira vista, o mais óbvio é pensar em 99, Cabify e taxis - ou seja, soluções similares. Aprofundando um pouco mais a análise, podemos chegar ao uso do carro próprio, de metrô e outras alternativas de transporte público. Só isso? E os patinetes? E o home office? Pois é… Na pandemia, a Uber chegou a registrar uma queda de faturamento da ordem de 70%. Quando acabar o isolamento, quantas empresas irão ativar novamente seus escritórios? Total ou parcialmente? Em outras palavras, qual será o tamanho deste novo concorrente da Uber? Estratégias competitivas para startups First mover Um first mover é o primeiro a entrar em um mercado, a romper com um padrão, a inovar. Com isso, ele constrói uma sólida vantagem competitiva e, em pouco tempo, ocupa o mercado, dificultando a entrada ou o crescimento dos concorrentes. Normalmente, a marca de um pioneiro e a relação com seus clientes são muito fortes. Apple, Netflix e Uber são exemplos de first movers. Coca-Cola, Kellog’s, Kleenex e diversas outras empresas com 100 anos ou mais podem ser acrescentadas a lista, demonstrando não se tratar de um fenômeno inventado pelos novos unicórnios. Second mover Um ponto importante a considerar é que um first mover não vai ficar sozinho no mercado por muito tempo. Suas soluções tendem a ser copiadas por um custo muito menor do que o de desenvolver a partir do zero, sem qualquer referência. Google pode ser considerado o second mover do Yahoo; Nintendo, o do Atari; Book Stacks, primeira livraria online, lançada três anos antes da Amazon. Assim como um pioneiro, um second mover precisa ter agilidade e investimentos pesados para criar uma nova onda no mercado e ocupar o espaço rapidamente. Por isso, são conhecidos também como fast followers. Lifestyle business Mas será que toda startup precisa ser um unicórnio, dominar um mercado e ser avaliada na casa dos bilhões? Não! Existe mercado para todo tipo de estratégia. Um exemplo é a de startups que foram criadas com o objetivo não de crescer exponencialmente, mas de sustentar seus fundadores, de manter seu estilo de vida. Estas empresas normalmente têm seu potencial de crescimento limitado justamente porque crescer significaria justamente colocar em risco o estilo de vida dos seus fundadores. Normalmente, são ligados à indústria criativa ou a serviços e tendem a ser muito dependentes do carisma, das habilidades e dos contatos do seu fundador. Raramente atraem investidores profissionais. Camelos Existem atualmente cerca de 350 unicórnios no planeta. IPOs fracassados, empresas sobreavaliadas (WeWork e tantas outras) e reações contrárias a algumas inovações disruptivas contribuíram para reduzir o brilho dessa espécie e chamar a atenção para vários outros perfis de empresas que também podem dar um retorno bastante interessante para investimentos. Um exemplo desses “não unicórnios” são as empresas-camelo: se adaptam a grandes variações no ambiente, têm a capacidade de sobreviver por muito tempo sem comida ou água e podem seguir em ritmo acelerado por períodos prolongados. Startups camelos são aquelas que priorizam a sobrevivência, a sustentabilidade dos seus negócios, desde o início, equilibrando crescimento e fluxo de caixa positivo. Um detalhe muito importante: diferentemente dos unicórnios, que são figuras derivadas da imaginação, camelos são reais! Zebras Sou fã incondicional das startups zebras! Por quê? É simples: de acordo com Jennifer Brandel, que escreveu o manifesto da Zebra, estas empresas são rentáveis e, ao mesmo tempo, melhoram a sociedade - não sacrificam um aspecto pelo outro. São pretas “E” brancas. São conscientes, colaborativas, guiadas pelo propósito de gerar impacto positivo para todos os seus públicos (stakeholders). Está ganhando corpo nos Estados Unidos o movimento chamado “Zebras Unite”, que, entre outros, tem o objetivo de chamar a atenção dos investidores para os benefícios de investir em empresas com este perfil. O mais interessante é que as zebras tendem a criar laços muito fortes com seus clientes/usuários e com o mercado como um todo. No fim, essas conexões acabam garantindo a manutenção de uma trajetória de crescimento sustentável, em todos os sentidos. Um bom exemplo é a Junta Local, uma plataforma que conecta pequenos produtores com consumidores para que a produção seja feita sob medida para atender a demanda. Baratas Assim como camelos, baratas podem sobreviver por muito tempo sem comida. Mesmo depois de sofrer duros golpes, elas seguem em frente - dizem que elas resistem até a bombas nucleares! Se conseguirem permanecer vivas num mercado, tendem a crescer e se proliferar. As startups-baratas se concentram na sua sustentabilidade e crescem com custos baixos e foco no desenvolvimento contínuo da sua oferta. Como evitam grandes saltos e focam no lucro para sustentar suas operações, costumam ser consideradas um investimento de baixo risco. Empresas de tecnologia pura tendem a ter este comportamento "lean", adaptável e focado na sobrevivência. Qual é o seu perfil? Quem você identifica como camelo, zebra e barata? Você pode me ajudar a dar nome aos bois. Coloca aí nos comentários…

  • ROBÔS NA FAZENDA

    Já imaginou uma rede de fazendas conectadas com robôs, drones, sensores de alta tecnologia, prontos para otimizar a produtividade das plantações e com inteligência artificial aplicada aos rebanhos? Nos últimos anos, a agricultura e a pecuária vêm sendo cada vez mais impactadas por tecnologias como big data, robótica, inteligência artificial, dispositivos sensoriais, blockchain e outras inovações que possibilitam maior previsibilidade, produtividade e eficiência da cadeia produtiva. Hoje, as “agrotechs” formam um grupo de cerca de 300 companhias no país, investindo cerca de de R$ 100 milhões ao ano. Segundo o estudo “O Impacto das Startups do Agronegócio (Agrotechs) no Mercado Brasileiro”, o agronegócio tem sido um grande mercado para as startups. Representante de 20% do PIB do país e responsável por 50% das exportações, ele pode ser considerado o setor mais importante da economia brasileira. É certo que o agronegócio tem sido o grande motor da economia brasileira nos últimos anos, mas para manter o ritmo de crescimento, é necessário ter um entendimento do avanço tecnológico como algo positivo e investir no desenvolvimento de novas Agrotechs. Do ponto de vista da pecuária, o mercado brasileiro ainda sofre algumas dores: Hoje não possuímos nenhum método de rastreamento de bovinos simples, confiável e digital. Não existe nenhum meio para dizermos, por exemplo, quantos bois existem no Brasil e onde estão esses animais. Essa lacuna gera problemas para toda a cadeia da pecuária bovina. Pecuaristas sofrem com roubos e fraudes frequentes em suas propriedades. A ausência de dados confiáveis sobre o estoque torna o controle das fazendas custoso, prejudicando a eficiência do produtor. Por outro lado, bancos sofrem com a dificuldade de analisar o risco de suas operações de crédito rural pela baixa confiabilidade das garantias oferecidas em animais. Como é difícil saber quantos bois um pecuarista possui e estabelecer um controle desses animais, as instituições financeiras acabam exigindo outras garantias, como hipoteca das propriedades e avalistas, tornando o processo de acesso ao crédito rural burocrático e com taxas de juros menos atrativas. Por fim, frigoríficos enfrentam dificuldades para garantir a procedência da carne que compram. As crescentes pressões por entidades internacionais e domésticas por carne que não provém de áreas de desmatamento torna urgente a necessidade de um método confiável e barato de rastreamento de bovinos. E se a identificação do boi fosse totalmente digital? É nesse contexto que surge o Databoi, uma Startup com o propósito de acelerar o processo de digitalização da pecuária bovina brasileira que gera valor em toda a cadeia de produção com um método de rastreamento e identificação animal por algoritmo de biometria, realizado a partir de fotos de smartphone e hospedado em blockchain. Através de uma foto do focinho do boi, a startup usa Inteligência Artificial para criar sua “carteira de identidade”, com identificação única e estimativa de idade do boi. A partir dessa foto feita no smartphone é possível extrair a localização do boi e verificar se seu proprietário está dentro dos critérios ambientais. Pelas informações extraídas do focinho também é possível estimar a idade de bovinos. O app Databoi permite que pecuaristas digitalizem seus animais gratuitamente utilizando o algoritmo de biometria. Eles podem criar a suas próprias "carteira de bois", com as identidades individuais de cada animal, suas classificações etárias e um dashboard de controle do rebanho. Digitalizado o rebanho, pecuaristas podem utilizar seus dados para auditoria digital ou para venda qualificada no marketplace. A plataforma oferece diferentes funcionalidades como algoritmo de biometria e estimativa de idade; gestão de estoque; histórico de entrada e saída de animais, taxas de crescimento e produtividade; filmagem dos animais com reconhecimento do focinho; e registro da ID bovina em Blockchain. Esses serviços atuam positivamente no controle contra roubos, na gestão boi a boi, no controle remoto de propriedades rurais e no portfólio de ativos animais lastreado. Quem está por trás desse projeto é Floriano Varejão, CEO do Databoi, que aproveitou sua tradição familiar na pecuária bovina e sua experiência em inovação para solucionar os problemas desse nicho de mercado; Felipe Cabral, o CTO, que trouxe seu conhecimento nas mais diversas linguagens de programação e metodologias de gestão de equipe para criar a tecnologia por trás do app; e o Templo Ventures, que vem trabalhando com a mentoria e aceleração do Databoi, encontrando parceiros estratégicos para o crescimento da startup. Hoje o Databoi está em processo de desenvolvimento do seu algoritmo em parceria com o CPQD e busca parcerias com bancos, pecuaristas e frigoríficos que pretendem transformar a pecuária bovina do Brasil. Tem uma startup que merece atenção? Trabalha em uma grande corporação que demanda projetos e produtos mais inovadores? Quer ter acesso a um ecossistema com mais de 2 mil empresas? Aqui no Templo Ventures nós desenvolvemos uma solução 360º de open innovation, de venture building à estratégia de corporate ventures, passando pela implementação de startup labs. Fale com a gente!

  • Pandemia, Desemprego e Transformação Digital no Brasil

    A última matéria da Revista Piauí sobre desemprego mostra que, na pandemia, o Brasil fechou 897 mil vagas. Há mais desempregados no Brasil do que moradores em São Paulo, a cidade mais populosa do Hemisfério Sul: 13,5 milhões. Uma pesquisa realizada pelo Brava Foundation e BrazilLAB estima que o déficit de empregados no mercado digital pode chegar a 300 mil pessoas em 2024. Hoje, temos um gap de 161 mil pessoas trabalhando com digital. Ao mesmo tempo, só no varejo eletrônico, o segundo trimestre de 2020 registrou um faturamento de R$ 33 bilhões, valor que representa crescimento de 104,2% em relação ao mesmo período do ano passado – época em que o e-commerce já apresentava ascensão contínua. Enquanto isso, 29% das escolas brasileiras não têm acesso à internet, segundo Datafolha. Considerando as documentações brasileiras oficiais, o contexto de pandemia resultou na suspensão de aulas presenciais nos setores público e privado. Segundo dados do início de maio de 2020, cerca de 89,4% das universidades federais estavam com as atividades de ensino suspensas. De acordo com levantamento divulgado pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior, 78% das IES privadas estavam com aulas por meios digitais e 22% delas optaram por suspender as aulas. Com base na pesquisa do TIC Domicílios, do Comitê Gestor da Internet (CGI.br), o número de usuários de internet no Brasil em 2019 chegou a 134 milhões, ou 74% da população acima de 10 anos de idade. Destes, o celular é o principal dispositivo para acessar a internet, usado pela quase totalidade dos usuários da rede (99%). A pesquisa ainda aponta que 58% dos brasileiros acessam a rede exclusivamente pelo telefone móvel, proporção que chega a 85% na classe DE. Se o desafio é treinar pessoas para ter habilidades e competências para o mercado digital, e se o futuro do trabalho requer um ambiente mais diverso e mais inclusivo para resolver problemas complexos, é preciso combinar medidas de curto, médio e longo prazo, envolvendo atores do setor público, privado, da academia e da sociedade civil, oferecendo as ferramentas e conhecimento necessário para todas as camadas da população a fim de causar uma transformação real na conjuntura social e mercadológica do Brasil. A curto prazo, é importante que organizações, startups e o setor público e privado se unam com um propósito de resolver as demandas dos clientes e da sociedade, treinando seus colaboradores, investindo em diversidade e trocando conhecimentos. A longo e médio prazo, é necessário que instituições de ensino mantenham uma constante conexão com a esfera profissional, preparando melhor os estudantes para os desafios que ainda vão experienciar. fontes: https://labsnews.com/en/news/technology/digital-workers-brazil/ https://piaui.folha.uol.com.br/pandemia-do-desemprego/?utm_campaign=a_semana_na_piaui_31&utm_medium=email&utm_source=RD+Station https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-04/um-em-cada-quatro-brasileiros-nao-tem-acesso-internet https://hbrbr.com.br/o-e-commerce-e-a-pandemia/ https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302020000100802&tlng=pt https://valor.globo.com/empresas/noticia/2020/05/26/acesso-a-internet-cresce-no-brasil-mas-28percent-dos-domicilios-nao-estao-conectados.ghtml

  • 5 ideias para incentivar a colaboração dentro das organizações

    A colaboração ajuda a coletar a inteligência coletiva, que costuma ser o bem mais desperdiçado nas organizações. Ninguém sabe sobre tudo, mas todo mundo sabe alguma coisa. Segundo Pierre Lévy, a inteligência coletiva é uma inteligência distribuída por toda parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em uma mobilização efetiva das competências. A inteligência coletiva é um saber compartilhado que surge a partir da colaboração de indivíduos com diferentes habilidades. Significa o reconhecimento e enriquecimento mútuo das pessoas. Nos modelos de gestão tradicionais, empresas achavam mais proveitoso fazer com que as pessoas exercessem funções específicas, sem colaborar com ideias para melhorar processos e negócios. Esse modelo viabilizava uma produção padronizada, menos flexível e mais previsível. Hoje, essa ideia está esgotada, já que a demanda por mais agilidade aumentou. Uma pesquisa da MIT Sloan Managemente Review mostra que empresas digitalmente avançadas têm grande foco na colaboração - tanto organizacional quanto com parceiros externos Este seria um dos pontos centrais para geração de valor de negócio e vantagens competitivas. Também é certo que colaboradores se engajam mais quando sentem que podem contribuir com ideias, na tomada de decisão ou que seu trabalho é importante para a organização . Momentos de crise costumam dificultar a colaboração, mesmo nas empresas em que é implementada como modelo de trabalho. Uma pesquisa publicada pela Harvard Business Review mostrou que momentos como os que vivemos agora fazem com que as pessoas estejam menos abertas a opiniões divergentes e a mudanças de processos. A partir dessa perspectiva, os autores da pesquisa recomendam cinco formas de impulsionar uma cultura de colaboração organizacional. 1. Encoraje qualquer tipo de pergunta e crie desafios construtivos: Ninguém quer parecer tolo quando expõe ideias em um grupo. É preciso criar uma rede de compreensão que, ao invés de julgar a pergunta ou ideia do outro, leve em consideração suas questões e crie desafios para pensarem juntos em uma solução viável. 2. Entenda como seu time está funcionando É muito importante saber com frequência como todos os seus colaboradores estão se sentindo, desde os estagiários, a seguranças, pessoal da limpeza até os tomadores de decisão. Se sua empresa ainda não tem dados que apoiem essa compreensão, crie uma enquete anônima com perguntas como: (1) Nosso grupo tem um senso de propósito (2) nosso grupo trabalha com confiança mútua (3) alguns colegas levam crédito pelo trabalho de outros. As respostas podem ser respondidas em uma escala de 1 a 5 (1 discordo totalmente; 5 concordo totalmente) 3. Reforce o propósito e os objetivos da sua organização Quando o trabalho de cada colaborador tem um propósito há motivação. Quando todos entendem com clareza os objetivos da organização, também fica mais fácil pensar em como podem contribuir com seus conhecimentos pessoais e agregar. 4. Faça com que os times reflitam sobre as melhores maneiras de se trabalhar É importante revisitar os comportamentos quando estamos estressados e perguntar a percepção dos colegas nesses momentos para que vocês consigam aprimorar essas relações em situações de tensão, trabalhando mais efetivamente como grupo. 5. Foque nos seus pontos positivos Líderes precisam entender que a colaboração não acontece em um ambiente onde todos têm as mesmas opiniões, competências e formas de trabalhar. É necessário perceber a diversidade de comportamentos e dos tipos de trabalho para guiar os colaboradores a partir de suas habilidades individuais. Quer mais dicas de como a sua organização pode prosperar com uma cultura mais colaborativa? Assine a nossa newsletter !

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