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  • Foto do escritorJuliana Rangel

ROBÔS NA FAZENDA

Já imaginou uma rede de fazendas conectadas com robôs, drones, sensores de alta tecnologia, prontos para otimizar a produtividade das plantações e com inteligência artificial aplicada aos rebanhos?


Nos últimos anos, a agricultura e a pecuária vêm sendo cada vez mais impactadas por tecnologias como big data, robótica, inteligência artificial, dispositivos sensoriais, blockchain e outras inovações que possibilitam maior previsibilidade, produtividade e eficiência da cadeia produtiva. Hoje, as “agrotechs” formam um grupo de cerca de 300 companhias no país, investindo cerca de de R$ 100 milhões ao ano.

Segundo o estudo “O Impacto das Startups do Agronegócio (Agrotechs) no Mercado Brasileiro”, o agronegócio tem sido um grande mercado para as startups. Representante de 20% do PIB do país e responsável por 50% das exportações, ele pode ser considerado o setor mais importante da economia brasileira.

É certo que o agronegócio tem sido o grande motor da economia brasileira nos últimos anos, mas para manter o ritmo de crescimento, é necessário ter um entendimento do avanço tecnológico como algo positivo e investir no desenvolvimento de novas Agrotechs.

Do ponto de vista da pecuária, o mercado brasileiro ainda sofre algumas dores: Hoje não possuímos nenhum método de rastreamento de bovinos simples, confiável e digital. Não existe nenhum meio para dizermos, por exemplo, quantos bois existem no Brasil e onde estão esses animais. Essa lacuna gera problemas para toda a cadeia da pecuária bovina. Pecuaristas sofrem com roubos e fraudes frequentes em suas propriedades. A ausência de dados confiáveis sobre o estoque torna o controle das fazendas custoso, prejudicando a eficiência do produtor.

Por outro lado, bancos sofrem com a dificuldade de analisar o risco de suas operações de crédito rural pela baixa confiabilidade das garantias oferecidas em animais. Como é difícil saber quantos bois um pecuarista possui e estabelecer um controle desses animais, as instituições financeiras acabam exigindo outras garantias, como hipoteca das propriedades e avalistas, tornando o processo de acesso ao crédito rural burocrático e com taxas de juros menos atrativas.

Por fim, frigoríficos enfrentam dificuldades para garantir a procedência da carne que compram. As crescentes pressões por entidades internacionais e domésticas por carne que não provém de áreas de desmatamento torna urgente a necessidade de um método confiável e barato de rastreamento de bovinos.

E se a identificação do boi fosse totalmente digital?

É nesse contexto que surge o Databoi, uma Startup com o propósito de acelerar o processo de digitalização da pecuária bovina brasileira que gera valor em toda a cadeia de produção com um método de rastreamento e identificação animal por algoritmo de biometria, realizado a partir de fotos de smartphone e hospedado em blockchain.

Através de uma foto do focinho do boi, a startup usa Inteligência Artificial para criar sua “carteira de identidade”, com identificação única e estimativa de idade do boi. A partir dessa foto feita no smartphone é possível extrair a localização do boi e verificar se seu proprietário está dentro dos critérios ambientais. Pelas informações extraídas do focinho também é possível estimar a idade de bovinos.

O app Databoi permite que pecuaristas digitalizem seus animais gratuitamente utilizando o algoritmo de biometria. Eles podem criar a suas próprias "carteira de bois", com as identidades individuais de cada animal, suas classificações etárias e um dashboard de controle do rebanho. Digitalizado o rebanho, pecuaristas podem utilizar seus dados para auditoria digital ou para venda qualificada no marketplace.

A plataforma oferece diferentes funcionalidades como algoritmo de biometria e estimativa de idade; gestão de estoque; histórico de entrada e saída de animais, taxas de crescimento e produtividade; filmagem dos animais com reconhecimento do focinho; e registro da ID bovina em Blockchain. Esses serviços atuam positivamente no controle contra roubos, na gestão boi a boi, no controle remoto de propriedades rurais e no portfólio de ativos animais lastreado.

Quem está por trás desse projeto é Floriano Varejão, CEO do Databoi, que aproveitou sua tradição familiar na pecuária bovina e sua experiência em inovação para solucionar os problemas desse nicho de mercado; Felipe Cabral, o CTO, que trouxe seu conhecimento nas mais diversas linguagens de programação e metodologias de gestão de equipe para criar a tecnologia por trás do app; e o Templo Ventures, que vem trabalhando com a mentoria e aceleração do Databoi, encontrando parceiros estratégicos para o crescimento da startup.

Hoje o Databoi está em processo de desenvolvimento do seu algoritmo em parceria com o CPQD e busca parcerias com bancos, pecuaristas e frigoríficos que pretendem transformar a pecuária bovina do Brasil.

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