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Transformação educacional em tempos de Covid-19



Com a chegada da pandemia no território brasileiro e a necessidade da adoção das medidas de saúde pública para a contenção da covid-19, os setores de bens, indústria e serviços foram desafiados a se reinventar para se adaptar às mudanças provocadas pelo isolamento social.

O setor da educação é uma dessas esferas impactadas pelo distanciamento social, afetando a vida de milhares de pessoas. A partir dessa nova configuração, foi preciso repensar as formas de aprender e ensinar, ao passo que instituições de ensino tiveram que dar respostas e modificar suas logísticas. Esse rápido movimento tem gerado má experiência e frustração entre alunos e professores de diferentes instituições, que não estão acostumados com o ensino online à distância.

Nesse sentido, é fundamental reformular as práticas de ensino e aprendizagem para que elas estejam de acordo com a realidade do mundo em que vivemos. Um mundo online, transdisciplinar, que exige inovação, resiliência, flexibilidade cognitiva, pensamento crítico e inteligência emocional.

Educação à distância: um panorama brasileiro

O modelo tradicional de ensino está ligado a presença dos alunos e dos professores nas salas de aula. No Brasil, apesar do número de ingressantes em graduações no modelo EAD (Ensino à Distância) ter crescido mais de 3 vezes desde 2011, essa expansão aconteceu majoritariamente em universidades particulares e a prática ainda não é priorizada no país. O Censo de Educação Superior mostra que apenas 244 instituições privadas ofertam essa modalidade de ensino. Mais de 80% dos estudantes de EAD estão matriculados em 20 instituições, 19 privadas.

Também é certo que há uma parcela que ainda vê o ensino à distância como uma prática negativa. O nível de desistência nos cursos EAD costuma ser maior, existem ressalvas sobre a qualidade do ensino, pela dificuldade de acompanhamento por parte dos alunos, pela falta de interação com professores e com outros colegas.

Em muitas instituições privadas, o ensino híbrido (que integra tecnologias digitais aos currículos) já era utilizado antes da chegada do novo coronavírus. Para o vice-reitor da Mackenzie, Marco Tullio, não há outro caminho a seguir.

Essa é a tendência mais clara e acertada, já que ao mesmo tempo em que temos um avanço das plataformas disponíveis, possibilitando novos tipos de interação, também vivemos em grandes regiões metropolitanas que exigem deslocamentos exaustivos. É esperado que a medida em que professores e alunos se familiarizem com essas tecnologias, a rejeição e o preconceito pelos cursos a distância diminuam após a pandemia.



Para minimizar os impactos da covid-19 na educação, o MEC outorgou em 18 de março a substituição de disciplinas presenciais por aulas lecionadas através dos meios e tecnologias de informação e comunicação pelo período de 30 dias, sendo cabível sua prorrogação.

Uma nova educação para um novo mundo

Também é importante ressaltar que esse ensino à distância pode ser melhor aproveitado através de modelos mais condizentes com as habilidades exigidas no século XXI, ao invés dos modelos “formais” de educação.

Mais do que nunca, a lógica de que o mundo não pode parar nos faz repensar as estruturas que já eram dadas como consolidadas há décadas. Para a historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz, faltava um símbolo que marcasse o fim do século XX — o século da tecnologia — e a nova pandemia cumpre esse papel. “Nós tivemos um grande desenvolvimento tecnológico, mas agora a pandemia mostra esses limites”.

A educação formal, no modelo atual, foi constituída institucionalmente no final do século XIX e foca numa educação conteudista, disciplinar, punitiva, que divide o conhecimento em caixinhas, na qual o objetivo é o acúmulo de conhecimentos sobre diversos campos do saber e, desenvolvimento de algumas linguagens.

Hoje a gente quer pessoas mais inovadoras, mais empreendedoras, capazes de lidar com resolução de problemas complexos, que têm inteligência emocional, pensamento crítico, são resilientes, mudando de rota o tempo todo, com flexibilidade cognitiva, que mudam de carreira ao longo da vida porque trabalham durante muito mais tempo e vivem muito mais, que exercem trabalhos que não podem ser substituídos por máquinas, por robôs, que não podem ser automatizados por softwares, bots, por inteligências artificiais — esse perfil de profissional não é formado com acúmulo de conteúdos. — Herman Bessler

Para contemplar essas habilidades, é extremamente necessário que as pessoas também desenvolvam uma digital literacy: a capacidade de usar informação e tecnologias de comunicação para achar, avaliar, criar e comunicar tanto no sentido técnico quanto cognitivo. É sobre entender como essa perspectiva crítica funciona dentro do universo digital.


Perspectivas para o ensino e aprendizagem no mundo digital A aprendizagem colaborativa, a interatividade, o ensino adaptado, o ensino fora de sala de aula, aprendizagens através de mídias sociais, imersões em realidades virtuais, realidades aumentadas e gamificação são alguns métodos que já estão sendo adotados por algumas escolas e empresas.

No artigo “Experiências e Educação: conectando processos de aprendizado”, explicamos e exemplificamos alguns métodos que adaptam o ensino às necessidades de uma sociedade transdisciplinar e digital.

A partir do entendimento de que a educação imposta às gerações boomer, X, Millenials e parte da geração Z está atrelada a modelos datados, é importante destacar que muitos dos profissionais atuantes no mercado não estão familiarizados nem com o dia-a-dia digital acelerado pela pandemia (home office, dailys, plannings, retros), nem com as novas técnicas de ensino e aprendizagem que aumentam a performance no trabalho. E essa é uma questão que impacta diretamente produtividade dos colaboradores dentro das organizações.

O modelo do TEMPLO.cc

O Templo pesquisa e pratica o futuro do trabalho há mais de 8 anos, estimulando empresas nos seus processos de transformação organizacional. Ao longo desse período, utilizamos novas metodologias de educação, tecnologias emergentes como chatbots e VR para oferecer experiências educacionais com conteúdos customizados. Desenhamos jornadas de aprendizagem 360º com experiências transformadoras e resultados mensuráveis.

Essa metodologia, que combina múltiplos formatos e habilidades comportamentais para além do conteúdo com tecnologias emergentes, traz escalabilidade, facilidade de implementação e relevância nos resultados organizacionais. Assim, promovemos autonomia, maestria e senso de propósito.

Nosso projeto de Culture Hacking para a BrMalls foi focado na transformação cultural da companhia, identificando os desafios que atendem às demandas internas por uma mentalidade mais inovadora e intraempreendedora com impacto direto na produtividade e motivação dos colaboradores. Por meio de palestras remotas, chatbot, filtro AR, ebooks, landing pages, desenvolvemos o roadmap estratégico, kpi’s e indicadores de recursos humanos, modelamos iniciativas, promovendo oficinas, palestras e mentorias. Desenhamos times, processos e ferramentas, e atuamos no acompanhamento e implementação dos mesmos — da metodologia ágil até novas diretrizes de avaliação e contratação de colaboradores.


Também operamos no projeto Rio Criativo, o programa de fomento à inovação e economia criativa no Estado do Rio de Janeiro. A proposta uniu uma escola de negócios, a maior incubadora de economia criativa da América Latina e um laboratório em processo de desenvolvimento. Durante 2 anos, oferecemos apoio estratégico e capacitação à mais de 10 mil empreendedores e startups.

Nossas vivências são desenhadas a partir do “challenge based learning”, método de aprendizado pela maestria, onde colaboradores trabalham em desafios reais da companhia e de suas áreas específicas. Combinamos encontros (mentorias, pareamento, think tanks e sessões de cocriação) com conteúdo online interativo na forma de playlists multimídia, chatbots, quizzes e postagens, para garantir uma jornada consistente e eficaz.

Tem interesse em saber mais sobre nossas metodologias e formatos educacionais para transformação da sua organização?



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