top of page

A Ascensão da IA e a Transformação do Trabalho Remoto

  • Foto do escritor: Templo
    Templo
  • 10 de jan.
  • 3 min de leitura

Se analisarmos todas as grandes mudanças industriais desde seu princípio, vamos perceber um padrão: o grupo de pessoas que não se atualizava e aprendia a interagir com o novo modelo de trabalho acaba executando funções que, em geral, pagavam menos. Ao mesmo tempo, profissionais que abraçavam o desafio surgido das automações se viam em um ambiente de trabalho mais desafiador, criativo e que pagava melhor.


É o que pesquisadores estão chamando de "mudança técnica com viés de habilidade", o que basicamente significa que cargos que incluem atividades estratégicas e pouco operacionais e repetitivas são justamente aqueles que melhor se beneficiam da ascensão de novas tecnologias. E com a IAGen não é diferente.


Mas há uma diferença básica entre as revoluções anteriores e a que estamos vivendo agora. Segundo a Harvard Business Review, trabalhadores full remotos tendem a enfrentar maiores riscos de automação de suas tarefas. Ou seja, se não forem requalificados, poderão simplesmente perder seus empregos.


A Ascensão da IA e a Transformação do Trabalho Remoto

Isso significa que a IAGen precisa chegar primeiro para eles


Já sabemos que o uso da inteligência artificial generativa aumenta significativamente a produtividade, e não é à toa que sua adoção está acelerando drasticamente. De fácil uso e com alta disponibilidade, ela opera principalmente frente a tarefas digitais repetitivas, que podem ser realizadas remotamente.


Preparar-se para essa mudança é necessariamente repensar em suas qualificações (seja enquanto freelancer, seja enquanto trabalhador remoto, seja enquanto empresa), visando desenvolver habilidades de gerenciamento e delegação. Ignorar isso é escolher perder vantagens na produtividade e optar por alienar-se enquanto força de trabalho humana. Ou seja, não vai dar certo.


A Harvard listou três forças que ativam esse novo cenário. Falaremos sobre elas agora:


Facilidade de uso


A facilidade para usar ferramentas de IAGen é premissa para que ela seja bem aceita. Basta olhar para o ChatGPT e enviar uma pergunta e, mesmo sem conhecimento de prompts, você consegue respostas bem satisfatórias.


A IAGen é como um recurso poderosíssimo, mas que poucas pessoas e empresas sabem como utilizar. É preciso ir além do que essas perguntas simplistas - a Microsoft, por exemplo, desenvolveu alguns recursos do Copilot e construiu o treinador de redação, que foi incorporado ao pacote Office. Imaginem o passo quando mais empresas entenderem o valor disso.


Mundo pós-Covid torna-se favorável à implementação da IA


Isso porque já houve uma centralização de tarefas digitais, o que, durante a pandemia, possibilitou que a maioria trabalhasse de casa. Enquanto naquela época presumia-se que essa adaptação demoraria quase um ano, na verdade la aconteceu 43 vezes mais rápido.


O resumo dessa ópera é que se você pode trabalhar remotamente o tempo todo, a geração AIGen também pode ser usada de forma lucrativa para ajudar em suas tarefas mais do que alguém que precisa comparecer pessoalmente.


Autonomia da geração de IAGen


Enquanto a IA que conhecemos tende a ser passiva (só fará algo se você solicitar), a verdade é que grandes nomes do mercado (como Google e OpenAI) estão entendendo como fornecer sistemas cada vez mais autônomos, e esperam resultados em até seis meses.


A promessa é que, em breve, você poderá delegar tarefas complexas a essas ferramentas e sistemas. Em retorno, receberá proatividade, inclusive com delegar a pequenas equipes de agentes como executar um trabalho.


Qualquer usuário de IA da geração terá que aprender efetivamente como gerenciar organizações automatizadas de agentes artificiais.

Antes de entrarmos em desespero, é preciso reforçar que a resposta para todas essas mudanças está na requalificação: empresa devem investir em treinamentos novos, enquando freelancers devem fazer isso por conta própria.


Segundo Harvard, o que quer que você tenha feito antes, agora deve aprender a supervisionar um grupo de agentes de software altamente autônomos para fazer isso por você. Você pode presumir que não precisa se preocupar em motivar agentes e cuidar de sua carreira, mas você estaria apenas (por enquanto) meio certo.


A verdade é que, em breve, empresas que não conseguirem enfrentar esse desafio de requalificação não apenas perderão a verdadeira vantagem de produtividade da geração IA. Ao não prepará-las, elas também poderão alienar a própria força de trabalho humana que, pelo menos no futuro próximo, permanece no centro de sua vantagem competitiva.

Comments


Commenting on this post isn't available anymore. Contact the site owner for more info.

Assine a newsletter para receber nossa curadoria de conteúdo toda última terça do mês

Blog.

bottom of page